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quinta-feira, 17 de março de 2011

Sexo no antigo Egito

A rainha do Egito Cleópatra (69-30 a.C.) era considerada uma especialista na arte do amor. Aprendeu vários segredos do erotismo com cortesãs de um bordel que ela freqüentava em Alexandria. Chegou a erguer um templo para receber uma grande legião de amantes. Dizia-se que ela chegou a fazer sexo oral em 100 homens numa única noite.


Todos temos uma imagem misteriosa, mística e intrigante sobre o Antigo Egito. Mas um aspecto que se fala extremamente pouco é sobre a forma de ver o sexo que tinha este maravilhoso povo.


-O deus Min era representado sempre com o pênis ereto:

O tema da sexualidade e o erotismo no Antigo Egito foi "redescoberto" pelos egiptólogos apenas nas últimas décadas do século XX e, em muito menor medida, pelo público em geral (tivemos que esperar até 1987 para que se editasse o primeiro estudo integral sobre o tema). Tudo isto devido em grande parte aos arqueólogos – em sua maioria cristãos e muçulmanos – que viam com estupor o que para os antigos egípcios era algo habitual.



Atualmente existe uma coleção - Erótica Aegyptiaca - exposta no museu do Cairo, a qual versa única e exclusivamente sobre estes temas.

Na coleção mencionada pode-se encontrar uma grande quantidade de desenhos e esculturas que exageram sobremaneira os pênis masculinos ou que nos mostram mulheres exibindo sua vagina de forma aberta e provocativa.




















Dentro da variedade de posturas representadas na coleção mencionada podemos arriscar uma classificação geral – que poderíamos fazer extensiva ao resto das expressões artísticas eróticas egípcias – onde se distinguem 5 tipos:

Coito vaginal: as quatro posições usuais são (1) o homem deitado em cima da mulher; (2) o homem ajoelhado e a mulher de barriga para cima; (3) o homem ajoelhado e a mulher apoiada em suas extremidades; e (4) a posição lateral, com a mulher dando as costas a seu companheiro.



Coito anal: ainda que difícil de distinguir na arte de superfície, é muito clara esta postura nas figuras eróticas de vulto isento. Entre os exemplos mais seguros encontramos as ilustrações do Papiro de Turim de onde vêem ao menos duas posições sexuais: posterior, com o homem ajoelhado e a mulher apoiada em suas extremidades, e lateral, com o casal reclinado sobre um flanco.



Coito oral: quase desconhecido nas representações egípcias, ainda que certas "figuras eróticas" mostram um homem sentado e dotado de um falo desmesurado que é sustentado por sua companheira de pé e o aproxima de sua boca. Pelo momento não se conhece nenhum exemplo de fellatio ou cunninlingus até agora, mas o material documental disponível ou publicado é muito escasso para afirmar seu absoluto desconhecimento no Antigo Egito.

Onanismo: as figuras eróticas nas quais uma mulher sustenta ou empunha o membro viril de seu companheiro poderiam ser consideradas também como representativas deste jogo sexual. Também se conhecem numerosos casos de masturbação feminina, seja com ou sem a assistência de um "corpo estranho".





É destacável, no entanto, a grande quantidade de objetos de barro ou pedra que representam um falo ereto, feito que poderia insinuar seu emprego no onanismo feminino. Um exemplar de falo de 19 cm de comprimento com testículos, exposto no museu do Cairo, é possível que tenha sido usado para tal.



Outros motivos: aqui se incluem uma série de figuras e representações que mostram casos de zoofilia, nas que o animal joga sempre o papel masculino e a mulher o feminino. Existem figuras que indicam que os homens egípcios gostavam de se fazer de voyeur nestas situações.

No entanto, não deixa de ser curioso que um povo que praticava com tanta assiduidade o coito anal e inclusive a zoofilia tachara de pervertidos aos homossexuais, seguramente porque em todas as épocas da historia sempre existiram hipócritas com certo poder social.



Outro aspecto curioso é que práticas como a masturbação, tão odiada e castigada pelo cristianismo retrógrado, tiveram no Egito um caráter que roçava o sagrado. Sem mais delongas, o deus supremo Atum gerou ao primeiro casal mediante o citado ato.




Em 1980 se conheceu o Papiro de Turim na forma íntegra, graças ao alemão J. Oslin. Ali, os altos dignitários da corte e os grandes sacerdotes excitam-se com prostitutas profissionais, exibindo seus pênis eretos e de tamanho desproporcionado. Cada um dos personagens ilustrados está acompanhado por um breve texto que reproduz o diálogo erótico. Uma das prostitutas diz a seu parceiro (quem a penetra por trás enquanto ela se apóia sobre suas extremidades): "Vem e faça-me amor por trás!". uma frase que bem poderia ter saído de algum vídeo pornô moderno.



Há de se destacar que a mulher egípcia era liberal no amor e em nenhum caso foi um personagem passivo.

Algumas mulheres egípcias, nem sempre prostitutas, estavam especializadas na arte da felação. Estas mulheres eram conhecidas como felatrizes. Neste sentido Cleópatra se erige como a melhor praticante de sexo oral de todos os tempos, pois deleitou-se oralmente com mais de um milhão de varões. Algo do que dá conta o historiador Heródoto em uma crônica. A cena se desenvolve no Egito, quando a rainha convoca 100 generais romanos para participar de um ritual que bem podia identificar-se com a prática do bukkake (beber sêmen depois do coito), posto em moda hoje pela industria mundial do cine pornô.

Conta Heródoto que cada um dos generais, depois de serem agasalhados oralmente pela anfitriã egípcia, depositaram seus sucos seminais numa grande taça de ouro que depois foi bebida até a última gota pela soberana.

Em apoio a isto refere-se o escritor e erotomaníaco Andrés de Luna que, "entre os egípcios abundam os testemunhos e peças que falam de sexo oral, mas o relato mais completo aparece em Heródoto e se relaciona com esta prática que era tão afim Cleópatra, afamada felatriz".

O significado e interpretação que deve dar-se a esta vasta tipologia erótica está muito disputado, especialmente pela carência de informação sobre a procedência de muitos destes objetos e por sua inacessibilidade para os interessados em seu estudo, muitas vezes por retrógradas razões "morais".