Páginas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Grafologia

Ao escrevermos um simples texto, estamos a transmitir uma determinada mensagem. Enviamos um conteúdo específico, que será fácilmente decifrável pelo destinatário, desde que o mesmo tenha um conhecimento anterior do código que rege a linguagem. Mas, ao escrevermos não estamos apenas, dando a conhecer o conteúdo das palavras. A forma como escrevemos, a nossa letra, o ritmo, a estrutura, o alinhamento das palavras e o espaço entre as mesmas, constituem uma verdadeira arte de conhecermos a nossa personalidade e o estado emocional do momento, no qual o texto foi escrito. A Grafologia expõe, de seguida, a sua técnica...

Na área das Ciências Humanas, esta ciência não apresenta própriamente uma teoria ou uma tese, fundamentada num manual. A Grafologia vive da prática, da experiência, do estudo das letras, por meio de pequenas análises a textos escritos, pela mão do próprio indivíduo. Quanto mais conhecimentos o Grafólogo tiver de psicologia, mais extensa e rica será a sua apreciação e avaliação da escrita. Assim, são analisados por qualquer perito nesta matéria, o seu ideal de inteligência, a forma como se relaciona com os outros e com o mundo e, os parâmetros do seu temperamento.

A pressão com a qual escrevemos demonstra a nossa força vital e a firmeza da energia. Por exemplo, as pessoas fracas ou doentes, não possuem a escrita grossa. A pressão simboliza então a firmeza, quer seja de comportamento, quer seja de atitude. A espessura e a firmeza transmitem portanto, um estado dinâmico. Aqueles que ao escreverem parece que acariciam o papel ou mesmo a caneta, demostram ser pessoas extremamente sensíveis aos prazeres do tato.

O alinhamento permite definir, o humor da pessoa. Uma escrita descendente (inclinada para baixo) revela uma fase menos positiva, possivelmente de depressão. O otimismo, o entusiasmo e o ardor, inscrevem-se numa escrita ascendente (inclinada para cima). A pressão e a direção do alinhamento são muito preciosos para que o Grafólogo, se dê conta do dinamismo da pessoa em causa.

O ritmo demonstra a forma, como o indivíduo vive e encara a vida. Os gestos da escrita obedecem mesmo, ao próprio ritmo característico da pessoa. A rapidez na escrita, demonstra a incapacidade da pessoa estar parada, sem realizar qualquer tipo de tarefa. Uma ponderação na escrita, revela a necessidade de reflexão, uma espécie de estado latente. Logo, é perfeitamente simples, percebermos que a regularidade do gesto, corresponde à calma, enquanto que a irregularidade é marcada pela necessidade de liberdade. A escrita feita lentamente não significa necessáriamente regularidade, ou mesmo o oposto. A arte de interpretar devidamente a escrita, aglomera uma grande quantidade de sub-pontos e mesmo, de sub-mundos.

A forma é igualmente muito importante. A irregularidade da forma, traduz-se numa forte sensibilidade emotiva, aliás a nossa escrita não se traduz de uma regularidade permanente, o que significa que somos quase sempre, pessoas emotivas, ainda que não nos apercebamos disso. Assim, uma escrita matizada provém de emoções fortes, mas demasiadamente discretas, enquanto que uma forte irregularidade traduz-se automáticamente por emoções, explicitamente fortes.

O espaço entre as palavras, é igualmente significativo e de importante interpretação. Quando as paragens entre as palavras é muito desigual, revela um amplo campo de percepções, mas o próprio equilíbrio não significa necessáriamente, uma personalidade harmoniosa. Uma escrita estruturada revela uma enorme força de vontade e, o desiquilíbrio traduz graves dificuldades de adaptação e uma forte necessidade de liberdade.